Diante do isolamento social na pandemia da covid-19, instalou-se a tecnossocialidade; a tecnologia se tornou o meio de comunicação e então nos deparamos diante da problemática de manter e garantir o cuidado/assistência de forma afetiva e efetiva, ou seja, humanizada, prevenindo agravos e promovendo a saúde da população por nós assistidas nas UBS por meio do uso de tecnologias.
Assim, estávamos frente a um dos maiores desafios da nossa civilização e nos perguntávamos: como cuidar das pessoas, afetivamente e efetivamente, prevenindo agravos e promovendo saúde durante a Pandemia pela Covid-19 em tempos de tecnossocialidade?
Em dezembro de 2019, o mundo foi surpreendido por uma doença desconhecida, grave, altamente contagiosa que atingiu a todos os continentes em pouco tempo, sendo declarada em março de 2020 como a Pandemia da Covid-19, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Estávamos frente a uma revolução no quotidiano da humanidade e na maneira de viver de cada pessoa de nossa sociedade contemporânea, para além daquela denominada de tecnossocialidade, que envolve as redes sociais, que já vínhamos observando no dia a dia impactando também nosso viver e conviver, inclusive trazendo novos agravos à saúde no quotidiano. Ou seja, as interações, crenças, valores, imagens, imaginário e símbolos se transfiguraram, modificando nosso movimento de ser saudável e adoecer, ressignificando o processo de viver, o seu cuidado e o nosso Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, estávamos frente a um dos maiores desafios da nossa civilização e nos perguntávamos: como cuidar das pessoas afetivamente e efetivamente, prevenindo agravos e promovendo saúde durante a Pandemia pela Covid-19 em tempos de tecnossocialidade? Isto é, considerando todas estas interações que ocorriam mediadas pela novas tecnologias, especialmente, as redes sociais.
Logo após o anúncio do primeiro caso de pessoa infectada com o vírus SARs COV-2 no município, a Equipe Técnica da Área da Saúde da Prefeitura Municipal elaborou um Guia para Profissionais de Saúde da Atenção Primária, com orientações quanto a identificação, manejo, tratamento, testagem e monitoramento de pessoas suspeitas e/ou confirmadas com a Covid-19. Este Guia é baseado na mesma ferramenta de suporte à tomada de decisão clínica na Atenção Primária à Saúde (APS), utilizada por médicos e enfermeiros por meio de algoritmos simples para avaliar e tratar pacientes. O fato de ser um instrumento já utilizado pelos profissionais da rede municipal de saúde desde 2016, facilitou o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), uma vez que, as responsabilidades de cada profissional estão claramente sinalizadas e definidas nos algoritmos.
Seguindo as orientações do guia, as novas interações que integravam nosso quotidiano em tempos da Covid-19, começaram na porta de entrada das unidades de saúde. Objetivando diminuir o número de pessoas circulando no local, foi necessário fazer uma triagem na porta da unidade, avaliando os sintomas apresentados pelo usuário que procurou atendimento. Desta forma, já era possível identificar e direcionar as pessoas com sintomas respiratórios para a parte da unidade reservada especificamente para este tipo de atendimento. Priorizou-se os casos de urgências/emergências, realizando também os outros atendimentos vividos no quotidiano de uma UBS: dispensação de medicações, vacinação, curativos e etc.
Ampliando estas ações, as equipes vem atendendo quase que a totalidade dos usuários por meio de teleconsultas e videoconsultas. Algumas equipes já utilizavam a ferramenta virtual de mensagens do WhatsApp, para agendamentos de consultas, esclarecer dúvidas, renovar receitas, avaliar exames, porém o atendimento era prioritariamente presencial e, com a pandemia, o uso desta ferramenta estendeu-se para teleatendimentos.
Como enfermeira da Estratégia de Saúde da Família -ESF- precisei me adequar à nova realidade trazida pela covid-19. O enfermeiro atua em diversas situações cotidianas ao desempenhar suas funções e interações como integrante da equipe de ESF. Contudo, a pandemia da Covid-19 exigiu adequações importantes no processo de trabalho. Assim, trago um relato de experiência que teve como objetivo cuidar das pessoas, afetivamente e efetivamente, prevenindo agravos e promovendo saúde durante a pandemia pela covid-19 em tempos de tecnossocialidade.
Inicialmente, participei de reuniões dentro da UBS a qual faço parte para discussão e organização dos fluxos para os atendimentos realizados na unidade, bem como de estudos dos protocolos e guias para atendimento de pessoas com suspeita ou confirmação da covid-19. Necessitei me atualizar sobre o manejo clínico da doença para melhor atender a população, bem como, sobre uma modalidade nova de atendimento para enfermeiros: a teleconsulta de enfermagem, após a publicação da resolução Cofen n 634/2020 que autoriza e normatiza esta prática. (COFEN, 2020).
Neste contexto, buscando a reorganização dos atendimentos, as ferramentas tecnológicas surgem de forma significativa para a continuidade da assistência, sendo adotados de forma abrangente na APS, possibilitando resultados positivos em acessibilidade, a superação das barreiras geográficas, sociais e econômicas, resolutividade, medidas de cuidados, precauções e orientações, além da comodidade para as pessoas assistidas e potencialidade de monitoramento para as pessoas com doenças crônicas pelas equipes de ESF, garantindo a participação, continuidade e o acompanhamento das necessidades de saúde.
O trabalho do enfermeiro de ESF é essencial nas ações referentes à Covid-19. Este profissional precisou aprender e se capacitar de forma rápida quanto a forma de atendimento a distância do usuário, por meio de teleconsultas e videoconsultas. A educação em saúde e para a saúde em meio ao processo pandêmico precisa se adaptar à tecnologia e à técnicas que aproximem e, ao mesmo tempo, mantenham as relações de aprendizagem e orientação para a continuidade da adesão aos tratamentos já estabelecidos.
Meu quotidiano profissional mudou com a pandemia da covid-19. Precisei me vestir com diversos Equipamentos de Proteção Individual - EPIs- para não contrair o vírus e/ou disseminá-lo às demais pessoas: colegas ou pacientes no atendimento de sintomáticos respiratório; praticamente não tocava nos usuários nos atendimentos pelo risco de contaminação o que gerou insegurança e medo. No auge da pandemia ou nos momentos de maior número de casos, não tínhamos mais uma fila de espera para atendimentos presenciais na UBS, mas uma fila de pessoas esperando uma ligação para esclarecimentos, encaminhamentos e orientações frente às suas condições de saúde relacionadas ou não a Covid-19.
Assim, dentre as atividades realizadas no cotidiano do enfermeiro em tempos de Pandemia podemos elencar: realização de Consultas de Enfermagem junto à pessoas com sintomas respiratórios e demais queixas de saúde de forma presencial; teleatendimento e videoatendimento aos usuários nas mais diversas situações clínicas; atuação na prevenção e no controle de transmissão do vírus; orientações prestadas à comunidade; vigilância nos casos suspeitos de Covid-19; monitoramento dos casos confirmados de Covid-19; testagem dos usuários suspeitos, com indicação de testagem, mas sem critério para Covid-19 e dos contatos de caso confirmados de Covid-19 e, na vacinação contra a covid-19 na população.
Além disto, o Enfermeiro continuou atuando nas atividades que já integravam seu quotidiano antes da Pandemia como: alimentação de dados nos Sistemas de Informação; busca ativa de usuários presentes nas planilhas de monitoramento das condições de interesse de saúde da população de seu território, como gestantes, tuberculose, pessoas vivendo com HIV –PVHIV-, pessoas com sífilis, gestantes, diabéticos insulinodependentes e etc.
Cabe considerar, que a pandemia trouxe uma nova forma de fazermos saúde, bem como de entendermos o processo saúde-doença, pois havia uma nova necessidade de atendimentos. Por um lado, estas mudanças foram positivas, pois continuamos acolhendo, atendendo e orientando nossa população sem deixá-la desassistida em um momento histórico e delicado, considerando o contexto mundial, o qual, gerou pânico e insegurança em toda a população e nos profissionais.
O uso de tecnologias foi essencial para que conseguíssemos atender as pessoas de forma remota com segurança, respaldo profissional, sem desassistir a nossa população. Desta forma, os usuários não precisaram sair do conforto de seus lares para receberem atendimento, evitando a exposição a fatores de risco para contrair o vírus, dando seguimento ao seu autocuidado. Por meio eletrônico, além do que já foi exposto, foi possível o desenvolvimento do grupo de gestantes e de atividade física online - com auxílio dos residentes multiprofissionais existentes na UBS - almejando continuar as ações de promoção de saúde. Também, priorizou-se atendimentos que eram indispensáveis presencialmente com o agendamento da consulta em dia e horário específico, para que o usuário permanecesse o menor tempo possível dentro da unidade e sendo atendido com todas as medidas de segurança necessárias.
Todavia, o acesso facilitado por meio do uso de ferramentas tecnológicas, o qual trouxe potencialidades, também apontou algumas fragilidades, pois provocou a elevação no número de consultas para as equipes de ESF, uma vez que, o usuário não necessita mais se deslocar até a UBS para ser acolhido, podendo solicitar por atendimento diariamente, se assim for de sua vontade. Alguns usuários acabam hiperutilizando esta ferramenta. Ocorreu assim um aumento expressivo em nossos teleatendimentos, teleconsultas e videoconsultas, em relação a busca da população por cuidados em saúde ao ponto de não conseguirmos atender o paciente ou terminar a consulta pela Hiperutilização dos usuários, intensificando a necessidade de recursos humanos, além dos tecnológicos, como maior número de profissionais de saúde para atender a demanda que se tornou maior com a ampliação da cobertura da assistência e demanda da própria situação pandêmica.
Ainda, ocorriam paralelamente a teleconsulta, os atendimentos presenciais e a realização de testagem para identificação de novos casos da doença, mudanças de fluxos frequentes das recomendações de atendimento e testagem e, treinamentos constantes de profissionais de saúde novos na rede, pelos demais integrantes das equipes de ESF, admitidos por meio de processos seletivos que, provocavam grande rotatividade de profissionais prejudicando a criação de vínculo e continuidade do processo de trabalho, bem como, gerava mais carga de trabalho aos profissionais das equipes. Também, houve a implementação de sistema de avaliação das equipes por meio de indicadores e dados de saúde, nos quais as equipes necessitam se adequar em pouquíssimo tempo, pois corriam o risco de ter perda salarial. Tornou-se desgastante e gerou sobrecarga às equipes, dificultando as respostas e atendimentos de toda demanda gerada.
A população, começou a ser mais agressiva conosco pela demora na resposta do teleatendimento. A falta de alfabetização da população quanto ao uso de tecnologia e seus entraves e quanto à humanização, ciência de que tem um outro ser humano do outro lado do meio tecnológico: agressividade do paciente que não havia no presencial tornou impossível alguns serviços via tecnologia.
A equipe necessitou de ajustes e realizou (e realiza) diversas reuniões para buscar formas de melhorar o processo de trabalho, em virtude da crescente demanda diária, com o aumento dos casos e o retorno da população presencialmente. Estamos com duas portas de entrada: presencial e teleatendimentos e o mesmo quantitativo de profissionais.
Somado a isto, a falta de espaço físico na unidade, falta de treinamentos e educação continuada na rede e a carência de equipamentos estratégicos são fatores fundamentais para que o cuidado seja garantido, sem perder a qualidade no serviço prestado pela equipe para o desempenho de uma consulta presencial ou uma teleconsulta eficaz e resolutiva. Diante do exposto, enfatizo que a falta de treinamento dos profissionais para o atendimento remoto, utilizando tecnologias foi um dos maiores problemas, pois diante de toda a mudança que a pandemia provocou no papel da enfermagem na APS, carecíamos de educação sobre o tema. Houve apenas duas horas de orientações pela prefeitura aos profissionais da enfermagem realizadas no período da noite, fora do horário de trabalho dos profissionais. Primeiramente houve o desenvolvimento de um guia de teleconsulta para a enfermagem pela prefeitura municipal, após a resolução do COFEN, autorizando o uso da teleconsulta pela enfermagem, sendo ele disponibilizado aos profissionais via site da prefeitura, via email e whatsapp, posteriormente realizou-se as orientações do guia no período noturno. Contudo treinamento específico para uso de tecnologias na saúde, não tivemos, fomos discutindo e estudando sozinhos qual seria a melhor forma de realizar e nos baseando no guia implementado e no que existia na literatura sobre o tema. Realizar teleconsultas/videoconsultas de enfermagem com todas as suas complexidades de forma autodidata, foi difícil, pois não temos o usuário na nossa frente e, por exemplo, fazer um exame físico de forma não presencial, tendo o paciente que se expor diante da câmera pode gerar constrangimento por parte do paciente, bem como avaliações errôneas de nossa parte.
Os profissionais de saúde então, vivenciam diversos sentimentos no desempenhar de suas funções pela sobrecarga de trabalho, pelo desgaste emocional, pelo medo de uma doença nova, pelo receio de contrair o vírus e adoecer, mas principalmente por poderem ser vetores do vírus para seus familiares e entes queridos. Podendo desta forma serem analisados como heróis ao combater o vírus, mas também, como vilões ao transmiti-lo a outras pessoas.
Rostos abatidos, mentes e corpos cansados, percebidos em todos da equipe pelo aumento de trabalho, insegurança, medo, afastamento de alguns profissionais, elevando o acúmulo de funções dos que permaneceram trabalhando entristece e desanima a todos, pois lidamos diariamente com estes desafios e a incerteza de dias melhores. Contudo, procuramos ter esperança, e esperançar a cada atendimento para prestarmos um cuidado com qualidade e segurança a nossa população.
Compreendendo este momento presente da Covid-19, relacionado com o uso de tecnologias na vivência cotidiana das equipes de ESF que levou a mudanças pessoais, sociais e profissionais significativas, o profissional enfermeiro experimenta, um momento ímpar em sua história por se tornar destaque no cuidado e atendimento à população, seja em hospitais, seja em UBS, atuando em equipes multiprofissionais com foco na vida humana. Este momento, também está sendo propício para a Enfermagem se reinventar e reaprender diante de um cenário desafiador. O enfermeiro se capacitou e se moldou às novas exigências, correspondendo de forma surpreendente à situação imposta.
Através do uso de tecnologias o enfermeiro conseguiu continuar desempenhando ações de cuidados a população de forma segura e eficaz em meio a uma situação nova e desafiadora que culminou no fortalecimento da profissão, exercendo suas funções, com conhecimento, competência, compromisso ético, responsabilidade social, amor, expressando orgulho pela profissão.
O enfermeiro inserido na ESF, nesta perspectiva, lida com os mais diversos desafios impostos na elaboração de suas funções quotidianos para promover a saúde da população por ele atendida. Todavia, este profissional, vem dispondo de suas potências no cuidado de enfermagem, almejando recriar ambientes favoráveis ao desempenhar de suas ações, desenvolvendo novos processos de cuidado e novas ferramentas frente à nova realidade imposta atualmente, fortalecendo a equipe de ESF, bem como a APS.
Promover acesso à saúde aos usuários por meio do uso de tecnologias na APS
Poder continuar cuidando da população mesmo em momento de isolamento social por meio do uso de tecnologias
Cuidar das pessoas, afetivamente e efetivamente, prevenindo agravos e promovendo saúde durante a pandemia pela COVID-19 em tempos de tecnossocialidade
RECURSOS HUMANOS: profissionais da rede de saúde municipal, sobretudo enfermeiros e médicos.
MATERIAIS/EQUIPAMENTOS: mesa, cadeira, computador, aparelho celular, fone de ouvido, impressora, folhas de ofício A4
INFRAESTRUTURA: UBS, Sala adequada para a realização de teleatendimento (consultório do profissional sendo um espaço reservado para o atendimento, contendo os materiais/equipamentos: mesa, cadeira, computador com câmera disponível), acesso a internet.
COMUNIDADE: acesso e continuidade dos atendimentos durante os períodos de isolamento ocasionados pela Covid-19; prevenção de agravos a doenças pré-existentes, monitoramento dos casos de saúde de interesse para a rede municipal como gestantes, tuberculose, PVHIV e etc; promoção de saúde através de orientações e desenvolvimento de grupos de forma remota para a comunidade. Mais uma alternativa de acesso aos serviços de saúde, sobretudo aos usuários que possuem dificuldade de se deslocar até o serviço de saúde de forma presencial.
GESTÃO: organização do serviço de saúde quanto a novas medidas necessárias para atendimento à população; desenvolvimento de guias e fluxos para respaldar os profissionais nos atendimentos realizados à população.
Enfermagem como um todo, incluindo formação em uso de tecnologia para realização de seu trabalho, principalmente consultas de enfermagem. O uso de tecnologias no atendimento do usuário, trouxe mais uma ferramenta de atuação para a enfermagem, ou seja, ampliou seu escopo profissional. A experiência evidenciou que a enfermagem precisa de se capacitar para utilização de meios tecnológicos sem que a qualidade do serviço seja perdida. Evidenciou-se a necessidade e relevância da profissão durante a pandemia.
O uso de tecnologias foi essencial para que conseguíssemos atender as pessoas de forma remota com segurança, respaldo profissional, sem desassistir a nossa população. Desta forma, os usuários não precisaram sair do conforto de seus lares para receberem atendimento, evitando a exposição a fatores de risco para contrair o vírus, dando seguimento ao seu autocuidado. Por meio eletrônico, além do que já foi exposto, foi possível o desenvolvimento do grupo de gestantes e de atividade física online - com auxílio dos residentes multiprofissionais existentes na UBS - almejando continuar as ações de promoção de saúde.
Aumento do vínculo da equipe com o usuário - o usuário percebeu que estávamos presentes e preocupados com sua saúde e bem estar, mesmo com o distanciamento social imposto pela pandemia da covid-19. Mensagens de carinho e solidariedade eram o que recebíamos em sua totalidade. Mesmo com a melhora dos casos e do aumento de atendimentos presenciais, há muitos telatendimentos com boa vinculação entre usuário e equipe. A população entende que podem contar conosco remotamente, também.
Solidariedade entre os profissionais de saúde - mediante aos desfalques de RH gerados pela pandemia da covid-19 as equipes de ESF, houve ajuda mútua entre os profissionais para continuarmos garantindo assistência de qualidade a população, mas pensando, também em não sobrecarregar nenhum colega no processo de trabalho diário.
Desconhecimento da doença covid-19 que gerou medo e insegurança nos profissionais.
Falta de espaço físico nas unidades para abrigar todos os profissionais em salas exclusivas - ocorre revezamento de salas entre os profissionais.
Falta de treinamento dos profissionais para o atendimento remoto, utilizando tecnologias - diante de toda a mudança na pandemia no papel da enfermagem na APS, houve duas horas de orientações pela prefeitura aos profissionais da enfermagem realizadas no período da noite, depois de ter trabalhado o dia inteiro na unidade de saúde, para atendimento de teleconsultas e todo o trabalho da saúde realizado via remoto a uma população não treinada para usar a tecnologia. Primeiramente houve um guia para teleconsulta, desenvolvido pela prefeitura após a resolução do COFEN, autorizando o uso da teleconsulta pela enfermagem, sendo ele disponibilizado aos profissionais via site da prefeitura, via email e whatsapp, posteriormente realizou-se as orientações do guia no período noturno. Contudo treinamento específico para uso de tecnologias na saúde, não tivemos, fomos discutindo e estudando sozinhos qual seria a melhor forma de realizar e nos baseando no guia implementado. As ações via tecnologia foram ampliadas com a Covid-19 e contexto de isolamento social. As equipes vem atendendo quase que a totalidade dos usuários por meio de teleconsultas e videoconsultas. Algumas equipes já utilizavam a ferramenta virtual de mensagens do WhatsApp, para agendamentos de consultas, esclarecer dúvidas, renovar receitas, avaliar exames, porém o atendimento era prioritariamente presencial e, com a pandemia, o uso desta ferramenta estendeu-se para teleatendimento e/com videoconsultas, como, por exemplo, realizar teleconsultas/video consultas de enfermagem com todas as suas complexidades de forma autodidata, como, por exemplo, fazer um exame físico de forma não presencial, tendo o paciente que se expor diante da câmera.
Falta de recursos tecnológicos adequados para o atendimento, como: sistema municipal de teleatendimento com plataforma específica para garantir a confidencialidade dos dados, celular com boa qualidade para os atendimentos contando com boa câmera e som para chamada de vídeo ou ligação telefônica e sem travamentos constantes no sistema; acesso a internet rápida e de qualidade. Sem esses recursos, a qualidade da consulta fica comprometida.
Demanda infinita com o aumento expressivo dos teleatendimentos, teleconsultas e videoconsultas, em relação a busca da população por cuidados em saúde ao ponto de não conseguirmos atender o paciente ou terminar a consulta pela Hiperutilização dos usuários, intensificando a necessidade de recursos humanos, além dos tecnológicos, como maior número de profissionais de saúde para atender a demanda que se tornou maior com a ampliação da cobertura da assistência e demanda da própria situação pandêmica. O número reduzido de profissionais gerou adoecimentos frequentes e encerramento de contratos, pois, ocorriam paralelamente às teleconsultas e teleatendimentos, os atendimentos presenciais e a realização de testagem para identificação de novos casos da doença, mudanças de fluxos frequentes das recomendações de atendimento e testagem e, treinamentos constantes de profissionais de saúde novos na rede, pelos demais integrantes das equipes de ESF, admitidos por meio de processos seletivos que, provocavam grande rotatividade de profissionais prejudicando a criação de vínculo e continuidade do processo de trabalho. Também, houve a implementação de sistema de avaliação das equipes por meio de indicadores e dados nos quais as equipes necessitam se adequar em pouquíssimo tempo. Tornou-se desgastante e gerou sobrecarga às equipes, dificultando as respostas e atendimentos de toda demanda gerada. Ainda, a população começou a ser mais agressiva conosco pela demora na resposta do teleatendimento.
Além disto, o Enfermeiro continuou atuando nas atividades que já integravam seu quotidiano antes da Pandemia como: alimentação de dados nos Sistemas de Informação; busca ativa de usuários presentes nas planilhas de monitoramento das condições de interesse de saúde da população de seu território, como gestantes, tuberculose, pessoas vivendo com HIV –PVHIV-, pessoas com sífilis, gestantes, diabéticos insulinodependentes e etc.
Alfabetização da população quanto ao uso de tecnologia e seus entraves e quanto à humanização, ciência de que tem um outro ser humano do outro lado do meio tecnológico: agressividade do paciente que não havia no presencial tornou impossível alguns serviços via tecnologia.
Existência de duas portas de entrada: presencial e teleconsulta sem mudança de quantitativo de profissionais para dar conta destas duas formas de acesso.
Teleconsulta vinculada prioritariamente ao enfermeiro.
Infelizmente, estes desafios não foram contornados, alguns foram amenizados para algumas equipes como aquisição de celulares mais modernos.
Através do uso de tecnologias o enfermeiro conseguiu continuar desempenhando ações de cuidados a sua população de forma segura e eficaz em meio a uma situação nova e desafiadora que culminou no fortalecimento da profissão, exercendo suas funções, com conhecimento, competência, compromisso ético, responsabilidade social, amor, expressando orgulho pela profissão.
O enfermeiro inserido na ESF, nesta perspectiva, lida com os mais diversos desafios impostos na elaboração de suas funções quotidianos para promover a saúde da população por ele atendida. Todavia, este profissional, vem dispondo de suas potências no cuidado de enfermagem, almejando recriar ambientes favoráveis ao desempenhar de suas ações, desenvolvendo novos processos de cuidado e novas ferramentas frente à nova realidade imposta atualmente, fortalecendo a equipe de ESF, bem como a APS.
Em dezembro de 2019, o mundo foi surpreendido por uma doença desconhecida, grave, altamente contagiosa que atingiu a todos os continentes em pouco tempo, sendo declarada em março de 2020 como a Pandemia da Covid-19, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Estávamos frente a uma revolução no quotidiano da humanidade e na maneira de viver de cada pessoa de nossa sociedade contemporânea, para além daquela denominada de tecnossocialidade, que envolve as redes sociais, que já vínhamos observando no dia a dia impactando também nosso viver e conviver, inclusive trazendo novos agravos à saúde no quotidiano. Ou seja, as interações, crenças, valores, imagens, imaginário e símbolos se transfiguraram, modificando nosso movimento de ser saudável e adoecer, ressignificando o processo de viver, o seu cuidado e o nosso Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, estávamos frente a um dos maiores desafios da nossa civilização e nos perguntávamos: como cuidar das pessoas afetivamente e efetivamente, prevenindo agravos e promovendo saúde durante a Pandemia pela Covid-19 em tempos de tecnossocialidade? Isto é, considerando todas estas interações que ocorriam mediadas pela novas tecnologias, especialmente, as redes sociais.
Logo após o anúncio do primeiro caso de pessoa infectada com o vírus SARs COV-2 no município, a Equipe Técnica da Área da Saúde da Prefeitura Municipal elaborou um Guia para Profissionais de Saúde da Atenção Primária, com orientações quanto a identificação, manejo, tratamento, testagem e monitoramento de pessoas suspeitas e/ou confirmadas com a Covid-19. Este Guia é baseado na mesma ferramenta de suporte à tomada de decisão clínica na Atenção Primária à Saúde (APS), utilizada por médicos e enfermeiros por meio de algoritmos simples para avaliar e tratar pacientes. O fato de ser um instrumento já utilizado pelos profissionais da rede municipal de saúde desde 2016, facilitou o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), uma vez que, as responsabilidades de cada profissional estão claramente sinalizadas e definidas nos algoritmos.
Seguindo as orientações do guia, as novas interações que integravam nosso quotidiano em tempos da Covid-19, começaram na porta de entrada das unidades de saúde. Objetivando diminuir o número de pessoas circulando no local, foi necessário fazer uma triagem na porta da unidade, avaliando os sintomas apresentados pelo usuário que procurou atendimento. Desta forma, já era possível identificar e direcionar as pessoas com sintomas respiratórios para a parte da unidade reservada especificamente para este tipo de atendimento. Priorizou-se os casos de urgências/emergências, realizando também os outros atendimentos vividos no quotidiano de uma UBS: dispensação de medicações, vacinação, curativos e etc.
Ampliando estas ações, as equipes vem atendendo quase que a totalidade dos usuários por meio de teleconsultas e videoconsultas. Algumas equipes já utilizavam a ferramenta virtual de mensagens do WhatsApp, para agendamentos de consultas, esclarecer dúvidas, renovar receitas, avaliar exames, porém o atendimento era prioritariamente presencial e, com a pandemia, o uso desta ferramenta estendeu-se para teleatendimentos.
Como enfermeira da Estratégia de Saúde da Família -ESF- precisei me adequar à nova realidade trazida pela covid-19. O enfermeiro atua em diversas situações cotidianas ao desempenhar suas funções e interações como integrante da equipe de ESF. Contudo, a pandemia da Covid-19 exigiu adequações importantes no processo de trabalho. Assim, trago um relato de experiência que teve como objetivo cuidar das pessoas, afetivamente e efetivamente, prevenindo agravos e promovendo saúde durante a pandemia pela covid-19 em tempos de tecnossocialidade.
Inicialmente, participei de reuniões dentro da UBS a qual faço parte para discussão e organização dos fluxos para os atendimentos realizados na unidade, bem como de estudos dos protocolos e guias para atendimento de pessoas com suspeita ou confirmação da covid-19. Necessitei me atualizar sobre o manejo clínico da doença para melhor atender a população, bem como, sobre uma modalidade nova de atendimento para enfermeiros: a teleconsulta de enfermagem, após a publicação da resolução Cofen n 634/2020 que autoriza e normatiza esta prática. (COFEN, 2020).
Neste contexto, buscando a reorganização dos atendimentos, as ferramentas tecnológicas surgem de forma significativa para a continuidade da assistência, sendo adotados de forma abrangente na APS, possibilitando resultados positivos em acessibilidade, a superação das barreiras geográficas, sociais e econômicas, resolutividade, medidas de cuidados, precauções e orientações, além da comodidade para as pessoas assistidas e potencialidade de monitoramento para as pessoas com doenças crônicas pelas equipes de ESF, garantindo a participação, continuidade e o acompanhamento das necessidades de saúde.
O trabalho do enfermeiro de ESF é essencial nas ações referentes à Covid-19. Este profissional precisou aprender e se capacitar de forma rápida quanto a forma de atendimento a distância do usuário, por meio de teleconsultas e videoconsultas. A educação em saúde e para a saúde em meio ao processo pandêmico precisa se adaptar à tecnologia e à técnicas que aproximem e, ao mesmo tempo, mantenham as relações de aprendizagem e orientação para a continuidade da adesão aos tratamentos já estabelecidos.
Meu quotidiano profissional mudou com a pandemia da covid-19. Precisei me vestir com diversos Equipamentos de Proteção Individual - EPIs- para não contrair o vírus e/ou disseminá-lo às demais pessoas: colegas ou pacientes no atendimento de sintomáticos respiratório; praticamente não tocava nos usuários nos atendimentos pelo risco de contaminação o que gerou insegurança e medo. No auge da pandemia ou nos momentos de maior número de casos, não tínhamos mais uma fila de espera para atendimentos presenciais na UBS, mas uma fila de pessoas esperando uma ligação para esclarecimentos, encaminhamentos e orientações frente às suas condições de saúde relacionadas ou não a Covid-19.
Assim, dentre as atividades realizadas no cotidiano do enfermeiro em tempos de Pandemia podemos elencar: realização de Consultas de Enfermagem junto à pessoas com sintomas respiratórios e demais queixas de saúde de forma presencial; teleatendimento e videoatendimento aos usuários nas mais diversas situações clínicas; atuação na prevenção e no controle de transmissão do vírus; orientações prestadas à comunidade; vigilância nos casos suspeitos de Covid-19; monitoramento dos casos confirmados de Covid-19; testagem dos usuários suspeitos, com indicação de testagem, mas sem critério para Covid-19 e dos contatos de caso confirmados de Covid-19 e, na vacinação contra a covid-19 na população.
Além disto, o Enfermeiro continuou atuando nas atividades que já integravam seu quotidiano antes da Pandemia como: alimentação de dados nos Sistemas de Informação; busca ativa de usuários presentes nas planilhas de monitoramento das condições de interesse de saúde da população de seu território, como gestantes, tuberculose, pessoas vivendo com HIV –PVHIV-, pessoas com sífilis, gestantes, diabéticos insulinodependentes e etc.
Cabe considerar, que a pandemia trouxe uma nova forma de fazermos saúde, bem como de entendermos o processo saúde-doença, pois havia uma nova necessidade de atendimentos. Por um lado, estas mudanças foram positivas, pois continuamos acolhendo, atendendo e orientando nossa população sem deixá-la desassistida em um momento histórico e delicado, considerando o contexto mundial, o qual, gerou pânico e insegurança em toda a população e nos profissionais.
O uso de tecnologias foi essencial para que conseguíssemos atender as pessoas de forma remota com segurança, respaldo profissional, sem desassistir a nossa população. Desta forma, os usuários não precisaram sair do conforto de seus lares para receberem atendimento, evitando a exposição a fatores de risco para contrair o vírus, dando seguimento ao seu autocuidado. Por meio eletrônico, além do que já foi exposto, foi possível o desenvolvimento do grupo de gestantes e de atividade física online - com auxílio dos residentes multiprofissionais existentes na UBS - almejando continuar as ações de promoção de saúde. Também, priorizou-se atendimentos que eram indispensáveis presencialmente com o agendamento da consulta em dia e horário específico, para que o usuário permanecesse o menor tempo possível dentro da unidade e sendo atendido com todas as medidas de segurança necessárias.
Todavia, o acesso facilitado por meio do uso de ferramentas tecnológicas, o qual trouxe potencialidades, também apontou algumas fragilidades, pois provocou a elevação no número de consultas para as equipes de ESF, uma vez que, o usuário não necessita mais se deslocar até a UBS para ser acolhido, podendo solicitar por atendimento diariamente, se assim for de sua vontade. Alguns usuários acabam hiperutilizando esta ferramenta. Ocorreu assim um aumento expressivo em nossos teleatendimentos, teleconsultas e videoconsultas, em relação a busca da população por cuidados em saúde ao ponto de não conseguirmos atender o paciente ou terminar a consulta pela Hiperutilização dos usuários, intensificando a necessidade de recursos humanos, além dos tecnológicos, como maior número de profissionais de saúde para atender a demanda que se tornou maior com a ampliação da cobertura da assistência e demanda da própria situação pandêmica.
Ainda, ocorriam paralelamente a teleconsulta, os atendimentos presenciais e a realização de testagem para identificação de novos casos da doença, mudanças de fluxos frequentes das recomendações de atendimento e testagem e, treinamentos constantes de profissionais de saúde novos na rede, pelos demais integrantes das equipes de ESF, admitidos por meio de processos seletivos que, provocavam grande rotatividade de profissionais prejudicando a criação de vínculo e continuidade do processo de trabalho, bem como, gerava mais carga de trabalho aos profissionais das equipes. Também, houve a implementação de sistema de avaliação das equipes por meio de indicadores e dados de saúde, nos quais as equipes necessitam se adequar em pouquíssimo tempo, pois corriam o risco de ter perda salarial. Tornou-se desgastante e gerou sobrecarga às equipes, dificultando as respostas e atendimentos de toda demanda gerada.
A população, começou a ser mais agressiva conosco pela demora na resposta do teleatendimento. A falta de alfabetização da população quanto ao uso de tecnologia e seus entraves e quanto à humanização, ciência de que tem um outro ser humano do outro lado do meio tecnológico: agressividade do paciente que não havia no presencial tornou impossível alguns serviços via tecnologia.
A equipe necessitou de ajustes e realizou (e realiza) diversas reuniões para buscar formas de melhorar o processo de trabalho, em virtude da crescente demanda diária, com o aumento dos casos e o retorno da população presencialmente. Estamos com duas portas de entrada: presencial e teleatendimentos e o mesmo quantitativo de profissionais.
Somado a isto, a falta de espaço físico na unidade, falta de treinamentos e educação continuada na rede e a carência de equipamentos estratégicos são fatores fundamentais para que o cuidado seja garantido, sem perder a qualidade no serviço prestado pela equipe para o desempenho de uma consulta presencial ou uma teleconsulta eficaz e resolutiva. Diante do exposto, enfatizo que a falta de treinamento dos profissionais para o atendimento remoto, utilizando tecnologias foi um dos maiores problemas, pois diante de toda a mudança que a pandemia provocou no papel da enfermagem na APS, carecíamos de educação sobre o tema. Houve apenas duas horas de orientações pela prefeitura aos profissionais da enfermagem realizadas no período da noite, fora do horário de trabalho dos profissionais. Primeiramente houve o desenvolvimento de um guia de teleconsulta para a enfermagem pela prefeitura municipal, após a resolução do COFEN, autorizando o uso da teleconsulta pela enfermagem, sendo ele disponibilizado aos profissionais via site da prefeitura, via email e whatsapp, posteriormente realizou-se as orientações do guia no período noturno. Contudo treinamento específico para uso de tecnologias na saúde, não tivemos, fomos discutindo e estudando sozinhos qual seria a melhor forma de realizar e nos baseando no guia implementado e no que existia na literatura sobre o tema. Realizar teleconsultas/videoconsultas de enfermagem com todas as suas complexidades de forma autodidata, foi difícil, pois não temos o usuário na nossa frente e, por exemplo, fazer um exame físico de forma não presencial, tendo o paciente que se expor diante da câmera pode gerar constrangimento por parte do paciente, bem como avaliações errôneas de nossa parte.
Os profissionais de saúde então, vivenciam diversos sentimentos no desempenhar de suas funções pela sobrecarga de trabalho, pelo desgaste emocional, pelo medo de uma doença nova, pelo receio de contrair o vírus e adoecer, mas principalmente por poderem ser vetores do vírus para seus familiares e entes queridos. Podendo desta forma serem analisados como heróis ao combater o vírus, mas também, como vilões ao transmiti-lo a outras pessoas.
Rostos abatidos, mentes e corpos cansados, percebidos em todos da equipe pelo aumento de trabalho, insegurança, medo, afastamento de alguns profissionais, elevando o acúmulo de funções dos que permaneceram trabalhando entristece e desanima a todos, pois lidamos diariamente com estes desafios e a incerteza de dias melhores. Contudo, procuramos ter esperança, e esperançar a cada atendimento para prestarmos um cuidado com qualidade e segurança a nossa população.
Compreendendo este momento presente da Covid-19, relacionado com o uso de tecnologias na vivência cotidiana das equipes de ESF que levou a mudanças pessoais, sociais e profissionais significativas, o profissional enfermeiro experimenta, um momento ímpar em sua história por se tornar destaque no cuidado e atendimento à população, seja em hospitais, seja em UBS, atuando em equipes multiprofissionais com foco na vida humana. Este momento, também está sendo propício para a Enfermagem se reinventar e reaprender diante de um cenário desafiador. O enfermeiro se capacitou e se moldou às novas exigências, correspondendo de forma surpreendente à situação imposta.
Através do uso de tecnologias o enfermeiro conseguiu continuar desempenhando ações de cuidados a população de forma segura e eficaz em meio a uma situação nova e desafiadora que culminou no fortalecimento da profissão, exercendo suas funções, com conhecimento, competência, compromisso ético, responsabilidade social, amor, expressando orgulho pela profissão.
O enfermeiro inserido na ESF, nesta perspectiva, lida com os mais diversos desafios impostos na elaboração de suas funções quotidianos para promover a saúde da população por ele atendida. Todavia, este profissional, vem dispondo de suas potências no cuidado de enfermagem, almejando recriar ambientes favoráveis ao desempenhar de suas ações, desenvolvendo novos processos de cuidado e novas ferramentas frente à nova realidade imposta atualmente, fortalecendo a equipe de ESF, bem como a APS.
Filiação
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Cargo
Professora do Centro de Ciências da Saúde
E-mail
rosanenitschke@gmail.com
Currículo
Saúde Digital |
Teleatendimento atenção primária |
Teleatendimento da enfermagem |
Implementada e em operação regular |
Brasil |
Usuários da Atenção Primária à Saúde |